terça-feira, 11 de junho de 2013

Alunos de Ubatuba vão para o Japão participar de congresso espacial

Projeto de construção de satélite teve início há três anos no litoral norte.
Embarque será nesta quarta (29) e feira segue até o dia 9 de junho.

Carolina Teodora Do G1 Vale do Paraíba e Região
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Estudantes da rede pública de Ubatuba embarcam para um dos maiores eventos espaciais do mundo (Foto: Luis Pavão/Prefeitura de Ubatuba)Estudantes da rede pública de Ubatuba embarcam para um dos maiores eventos espaciais do mundo (Foto: Luis Pavão/Prefeitura de Ubatuba)
Alunos e professores da escola municipal Tancredo Neves, de Ubatuba (SP), embarcam nesta quarta-feira (29) para o Japão onde vão expor em um congresso espacial, considerado um dos maiores do mundo, o projeto UbatubaSat, que prevê levar a ciência para dentro da sala de aula.
Do outro lado do mundo, o grupo de quatro professores e 12 alunos entre 13 e 14 anos tem a missão de mostrar como a ideia de construir um satélite, que inicialmente parecia impossível, aumentou a vontade de estudar e garantiu experiências que serão lembradas para sempre.
Entre as experiências marcantes está a de um grupo de seis alunos que participou de um curso no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), ao lado de engenheiros do setor aeroespacial. Na época, os estudantes tinham apenas 11 anos de idade.
A iniciativa surgiu quando o professor de matemática Cândido Osvaldo de Moura, de 52 anos, leu em uma revista de ciências uma reportagem que falava sobre o kit necessário para a construção de um satélite e se surpreendeu com o custo apontado na matéria de U$ 10 mil, cerca de R$ 20 mil. “Pensei que a isenção do IPI tinha sido estendida para equipamentos espaciais”, disse brincando o professor ao G1.
Depois de entrar em contato com a empresa citada na reportagem, ele decidiu lançar a ideia durante uma aula para alunos da 5º série do ensino fundamental que de imediato toparam o desafio. "Falei que seria a ciência real. Não só eu anotar na lousa e eles copiarem”, afirmou.
Daí em diante foi uma sucessão de repostas positivas: um empresário topou doar os U$ 10 mil; os pais toparam levar os filhos para a escola dois dias da semana no período contrário às aulas e, por fim, o Inpe firmou parceria com a causa.
Após três anos, mais de 80 alunos participam do projeto, e já foram construídos sete 'tentativas' de satélite, dois satélites reais e dois protótipos que serão apresentados na feira. Por enquanto, nenhum  satélite dos alunos foi lançado no espaço, mas a expectativa é que isso ocorra em breve.
“Estou muito realizado porque é um projeto que mostra que a educação é um processo de formação a médio e longo prazo e que nosso país não exporta apenas mão–de-obra simples, mas também ideias e futuros engenheiros”, disse. Segundo ele, a viagem foi custeada pela Prefeitura de Ubatuba e pela Unesco.

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