sábado, 17 de agosto de 2013

EM UMA REPUBLIQUETA COMO A NOSSA ISSO É PERFEITAMENTE POSSÍVEL

17/08/2013 12:30 pm

Entre 15 mais ricos do Brasil estão quatro barões da mídia

Herdeiros da Rede Globo mostram que administrar uma concessão pública pode ser um grande negócio

Por Igor Carvalho
Roberto Marinho reunido com os filhos, família colocou os três herdeiros da Rede Globo entre os 10 mais ricos do país (Foto: Divulgação)
A revista Forbes divulgou, na última sexta-feira (16), uma prévia da lista das 15 pessoas mais ricas do Brasil. No ranking, aparecem quatro barões da mídia: os três herdeiros de Roberto Marinho, das Organizações Globo, e Giancarlo Civita, herdeiro da editora Abril.
Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, filhos de Roberto Marinho, fundador da Rede Globo, estão na 5º, 6º e 7º posição, respectivamente, com uma fortuna acumulada de R$ 51, 64 bilhões.
Giancarlo Civita é herdeiro de Roberto Civita, criador da revista Veja. Gianca, como é chamado na Abril, fundada por seu avô, Victor Civita, assumiu a empresa familiar em março de 2013, dois meses antes da morte do pai.
Os dados apontam que a Rede Globo se tornou muito lucrativa para a família Marinho. Dados de uma pesquisa divulgada na última sexta-feira (16) pela Fundação Perseu Abramo apontam que cerca de 70% dos brasileiros não sabem que as emissoras de tevê aberta administram concessões públicas e 60% acreditam que elas são empresas privadas como “qualquer outro negócio.”
A lista é liderada pelo sócio da AB Inbev, Jorge Paulo Lemann, com R$ 38,24 bilhões. Logo atrás, o banqueiro Joseph Safra, com R$ 33,90 bilhões.
Eike Batista
O empresário Eike Batista, que em 2012 era o primeiro da lista, com uma fortuna acumulada de R$ 30,26 bilhões, não aparece no ranking de 2013. A Forbes irá divulgar a lista com os 124 bilionários brasileiros em sua 12º edição, ainda neste ano. Confira os 15 mais ricos:
1º Jorge Paulo Lemann
Fortuna: R$ 38,24 bilhões
2º Joseph Safra
Fortuna: R$ 33,90 bilhões
3º Antônio Ermírio de Moraes e família
Fortuna: R$ 25,68 bilhões
4º Marcel Herrmann Telles
Fortuna: R$ 19,50 bilhões
5º Roberto Irineu Marinho
Fortuna: R$ 17,28 bilhões
6º João Roberto Marinho
Fortuna: R$ 17,26 bilhões
7º José Roberto Marinho
Fortuna: R$ 17,10 bilhões
8º Carlos Alberto Sicupira
Fortuna: R$ 16,78 bilhões
9º Norberto Odebrecht e família
Fortuna: R$ 10,10 bilhões
10º Francisco Ivens de Sá Dias Branco
Fortuna: R$ 9,62 bilhões
11º Walter Faria
Fortuna: R$ 9,08 bilhões
12º Aloysio de Andrade Faria
Fortuna: R$ 8,25 bilhões
13º Abílio dos Santos Diniz
Fortuna: R$ 7,95 bilhões
14º Giancarlo Civita e família
Fortuna: R$ 7,68 bilhões
15º Renata de Camargo Nascimento, Regina de Camargo Oliveira Pires e Rosana Camargo de Arruda Botelho
Fortuna: R$ 7,46 bilhões (cada uma)
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UMA ÓTIMA INICIATIVA

Secretaria Municipal de Turismo lança programa “Amigo do Turista”

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O selo Amigo do Turismo é um Programa da Secretaria Municipal de Turismo com a proposta de contribuir com a estruturação da atividade turística do município, promovendo ações de capacitação, divulgação e coleta de dados, requisitos fundamentais para melhoria da qualidade dos serviços turísticos ofertados em nossa cidade.
Como o programa funciona:
O programa é dividido em três grupos:
Voluntariado / Promoção / Capacitação
O Voluntariado é destinado a profissionais, estudantes e pessoas que queiram contribuir com sua habilidade profissional ou tempo em ações de pesquisas, eventos, atividades e outras ações que contribuam para o desenvolvimento do Turismo em Ubatuba.
A Promoção é direcionada ao empresário que quer participar de ações de promoção e divulgação promovidas para o fomento do Turismo municipal.
Nossa cidade recebe muitas propostas de revistas e outros meios de comunicação que abrem espaços para permutas na área de hospedagem, alimentação e passeios, uma forma participativa e clara de promover a participação dos nossos empresas nessas ações de divulgação da cidade.
A Capacitação oferece condições do operador de turismo participar de ações de treinamento, capacitação e qualificação para melhor receber e informar o turista.
Se você se interessou em alguma dessas iniciativas entre em contato com a Secretária de Municipal de Turismo de Ubatuba, estamos na Avenida Iperoig, 214 centro das 8h as 12h e das 14h as 18h ou pelos telefones (12) 3832 9007 e 3833 9123.
amigos do turista
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

VALE A PENA IR

Acontece em Ubatuba a FEPAQ – Feira Paulista de Assentamentos e Quilombos

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A Feira Paulista de Assentamentos e Quilombos (FEPAQ) chega neste fim de semana à Ubatuba. Serão três dias de apresentações culturais, barracas de comidas típicas e artesanato das comunidades quilombolas de Ubatuba. Estarão presentes as comunidades quilombolas da Caçandoca, Camburi, o do Sertão de Itamambuca ( ou Casanga) e da Fazenda.
Em frente ao Sobradão do Porto, na Praça Anchieta no Centro, serão montadas barracas para a comercialização de produtos variados e artesanatos produzidos nos assentamentos da região. 
Sexta 16/8 `as 19H00
Sábado 17/8 das 11H00 `as 24H00
Domingo 18/8 das 11H00 `as 17H00.
fepaq

E NADA SE FAZ.

Com mais mortes que Iraque, Brasil está em guerra e não sabe

Com mais de 200 mil pessoas assassinadas no Brasil entre 2008 e 2011, o país faz frente às grandes zonas de guerra do globo, segundo Mapa da Violência

Andréa Farias/Wikimedia
Jovem morto no Rio em 2006
No Brasil, mata-se 274 vezes mais do que em Hong Kong e 137 vezes mais do que na Inglaterra
São Paulo – Vivemos em um país em guerra, mesmo que não declarada. Esta é uma das conclusões possíveis a partir da leitura do estudo Mapa da Violência 2013, realizado pelo professor Julio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e divulgado hoje. Cerca de 170 mil pessoas foram mortas nos 12 maiores conflitos no globo entre 2004 e 2007 (veja tabela abaixo). No Brasil, mais de 200 mil perderam a vida somente entre 2008 e 2011.
Isto tudo sem que o país viva "disputas territoriais, movimentos emancipatórios, guerras civis, enfrentamentos religiosos, raciais ou étnicos, conflitos de fronteira ou atos terroristas", lembra o levantamento.
Há dois anos - época dos últimos dados disponíveis - foram registradas mais de 50 mil mortes, o que confere ao Brasil uma taxa de 27,1 homicídios para cada 100 mil brasileiros. Desse total, cerca de 40% (18 mil pessoas) eram jovens entre 15 e 24 anos.
O número de assassinatos no Brasil é 274 vezes maior do que em Hong Kong, 137 vezes maior do que na Inglaterra e 91 vezes maior do que na Sérvia, segundo o estudo divulgado hoje.
Veja abaixo o total de mortes nas maiores zonas de conflito do planeta na década passada:
País 2004 2005 2006 2007 Total de mortes
Iraque 9.803 15.788 26.910 23.765 76.266
Sudão 7.284 1.098 2.603 1.734 12.719
Afeganistão 917 1000 4000 6500 12417
Colômbia 2.988 3.092 2.141 3.612 11.833
Congo 3.500 3.750 746 1.351 9.347
Sri Lanka 109 330 4.126 4.500 9.065
Índia 2.642 2.519 1.559 1.713 8.433
Somália 760 285 879 6.500 8.424
Nepal 3.407 2.950 792 137 7.286
Paquistão 863 648 1.471 3.599 6.581
Índia/Paquistão (Caxemira) 1.511 1.552 1.116 777 4.956
Israel/Palestina 899 226 673 449 2.247
Total dos 12 conflitos 34.683 33.238 47.016 54.637 169.574
"São números tão altos que torna-se difícil, ou quase impossível, elaborar uma imagem mental, uma representação de sua magnitude e significação", afirma Jacobo, autor da pesquisa.
Segundo o sociólogo, a cultura da violência (caracterizada pelo hábito de resolver conflitos por meio da agressão), a certeza da impunidade (apenas 4% dos assassinos vão para cadeia) e a indiferença da sociedade com o grande número de mortes estão entre as causas do fenômeno. "A vida humana vale muito pouco", resume o pesquisador, que é argentino

terça-feira, 13 de agosto de 2013

NADA MUDA HEIN...

Governo estuda aumento do preço da gasolina, diz ministro

JULIA BORBA
DE BRASÍLIA
Ouvir o texto
Atualizado às 12h26.
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse nesta terça-feira (13) que o preço da gasolina está defasado e que o governo examina o pedido da Petrobras para realizar um novo reajuste no preço do combustível.
"A Petrobras está reivindicando elevação dos seus preços, até porque eles estão muito defasados. Eles não têm realizado aumentos regulares de preço, mas episódicos", disse o ministro.
Ações da Petrobras despencam com medo de maior endividamento
Petrobras trabalha para equiparar preços com mercado internacional
Segundo ele, "é preciso examinar" o pedido da empresa, o que já está sendo feito pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho de Administração da Petrobras e pelo próprio Ministério de Minas e Energia.
Ainda segundo Lobão, "nenhum aumento de preço é bom", por isso, ainda não foi confirmada que será atendida a reivindicação. "Estamos examinando", completou.
O último aumento autorizado pelo governo foi em janeiro deste ano, da ordem de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina, mas especialistas avaliam que a defasagem do preço praticado pela empresa no mercado interno e os praticados no mercado internacional seriam de cerca de 15% para ambos os combustíveis.
A Petrobras tem sido obrigada a importar derivados para abastecer o mercado interno. Apesar de uma queda no segundo trimestre do ano, em função da utilização de 99% das refinarias e de estoques da companhia, além da entrada da safra de etanol, que reduz o consumo de gasolina pela mistura compulsória de 25%.
PETROBRAS
Na segunda-feira (12), o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a empresa está trabalhando "intensamente junto ao governo" para equiparar os preços praticados no mercado interno com o mercado internacional.
Ainda segundo Barbassa, a empresa conta com a elevação de preços para chegar ao final do ano com um nível de alavancagem "seguro e confortável" para a companhia.
A alavancagem da companhia, que mede endividamento líquido sobre a capitalização líquida da empresa atingiu no segundo trimestre de 2013 o patamar de 34%, bem perto do limite estipulado pela própria empresa, de 35%. No primeiro trimestre do ano, o índice era de 31%. No segundo trimestre de 2012, era de 28%.
O endividamento líquido da companhia aumentou de R$ 150,7 bilhões no final do primeiro trimestre do ano para R$ 176,3 bilhões no final do segundo trimestre.

Com o aumento de preços, a companhia conseguiria mais receita e com isso teria mais dinheiro em caixa, reduzindo, assim, a relação de alavancagem. 

SERÁ QUE FOI BOM SER ENCONTRADO ?

Postado em: 13 ago 2013 às 14:26

Pai e filho desaparecidos há 40 anos são encontrados vivendo em floresta. Ho Van Thanh, 82 anos, fugiu com seu filho após uma explosão que matou o resto de sua família

desaparecidos vietnã floresta
O filho desaparecidos, Ho Van Lang (dir.) Foto: EFE
Autoridades vietnamitas encontraram na última semana um homem e seu filho que estavam desaparecidos há 40 anos. Ho Van Thanh, 82 anos, sumiu durante a Guerra do Vietnã com seu filho bebê, Ho Van Lang, hoje com 41 anos, e os dois viveram desde então em uma floresta na província de Quang Ngai.
Segundo o site vietnamita Tuoitrenews, eles sobreviveram comendo frutas, mandioca e milho, que eles plantavam. Os dois usavam apenas tangas feitas a partir de cascas e tinham construído uma casa em uma árvore.
De acordo com o site, moradores locais que visitaram a floresta alertaram as autoridades sobre a aparição de dois “selvagens” de gestos estranhos.
A polícia então montou um time de busca e, após cinco horas, encontrou pai e filho dentro de uma pequena cabana em cima de galhos de uma grande árvore.
Devido ao isolamento, eles falavam apenas poucas palavras da etnia Kor, minoritária no Vietnã. Eles foram levados para um hospital local, onde receberam tratamento médico.
Leia também
Após uma investigação, descobriu-se que Thanh vivia uma vida normal na comunidade Tra Kem Hamlet quando, há 40 anos, uma explosão matou sua mulher e dois outros filhos. Ele então teria fugido com a criança sobrevivente, se refugiado na mata e evitado contato com outras pessoas.

SE FOSSE UM PAÍS SERIO ISSO DEVERIA SER FEITO ANUALMENTE

IBGE e Ministério da Saúde

Pesquisa sobre saúde vai colher sangue e urina dos brasileiros

Juliana Conte
sangueO IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com o Ministério da Saúde e a coordenação técnica da Fiocruz, inicia hoje (12/08/2013) a coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Saúde 2013.
De forma inédita, além do questionário habitual, cujo objetivo é produzir dados para averiguar os hábitos de alimentação, tabagismo e obesidade os brasileiros, também serão colhidos material para realização de exames de sangue e urina dos entrevistados.
Até novembro, cerca de 1.000 técnicos visitarão 80 mil domicílios em 1.600 municípios de todo país, para obter dados sobre a saúde e o estilo de vida da população. A coleta das amostras clínicas será feita por profissionais ligados ao hospital Sírio-Libanês, enquanto as entrevista serão realizadas por pesquisadores do IBGE que estão em treinamento desde o fim de julho.
Segundo o IBGE, o estudo deverá ser realizado em duas etapas. A primeira consiste no preenchimento de um questionário que captará informações de todos os moradores nos domicílios visitados. Além disso, será selecionado um morador maior de idade, que responderá outro questionário e de quem serão medidos peso, altura, circunferência abdominal e pressão arterial. A escolha dessa pessoa será feita de maneira aleatória, pelo computador de mão do agente de pesquisa, no momento da entrevista.

Já na segunda etapa da pesquisa, que será aplicada em 25% das áreas visitadas, serão feitos exames laboratoriais de sangue e urina. A coleta do material não será obrigatória e somente será permitida a maiores de 18 anos. Quem optar pelo procedimento receberá em casa os resultados, como uma espécie de check-up, com informações sobre colesterol, diabetes, hipertensão e obesidade.
O exame de urina, por exemplo, vai permitir a medição dos níveis de sódio, potássio e creatinina, que torna possível a detecção de problemas renais. Se na avaliação laboratorial for diagnosticado algum problema de saúde, o entrevistado será encaminhado a uma unidade de saúde para receber acompanhamento médico. Outra novidade é que exame de sangue trará a informação do percentual da população que já entrou em contato com o vírus da dengue.
A ideia é que o material colhido dos brasileiros fique armazenado em um banco, disponível para comparações futuras e pesquisas de universidades, que poderão comparar dados nacional, regional e localmente e, ainda, fazer a diferenciação entre dados da capital e do interior do país.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A NOSSA CULTURA CAIÇARA

ESPECIAL CAIÇARADA – A Cultura Caiçara pelos Olhos de Domingos dos Santos

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Para homenagear a cultura caiçara neste mês de agosto, já em preparação para a Caiçarada, a FundArt preparou uma série de vídeos especiais.

Domingos-Featured-Image
Todas as semanas, até a abertura da Caiçarada no dia 30 de Agosto, a Fundação Cultural de Ubatuba publicará uma entrevista com um conhecedor da cultura caiçara. Serão cinco perguntas, onde nossos convidados terão a chance de expressar o que representa a cultura tradicional do município do ponto de vista deles.

O primeiro da nossa lista é o mestre e poeta Domingos dos Santos, nascido em Ubatuba em 1963.
Encontramos Domingos na baía de Itaguá, com o mar como cenário. Lá, batemos um papo sobre a cultura caiçara, a juventude e o evento que se aproxima.
Domingos dos Santos, que já escreveu dois livros de poesia, mas diz não gostar de se entitular um poeta, contou que nasceu em Maranduba, onde ficou até os 4 anos. Depois, mudou para a praia da Fortaleza, de onde guarda a maior parte de suas lembranças.
Chegou a morar seis anos na capital paulista, na época em que cursou geografia na Universidade de São Paulo – USP. Hoje, é professor de ensino médio, onde diz que ensina, mas também aprende diariamente.
Nos contou que até os doze anos, vivia da pesca e da roça junto com a família, e que foi da convivência com o avô, que criou gosto pelo modo caiçara de vida.
Quando perguntamos se um dia ele sairia de Ubatuba, disse que “só se fosse obrigado”.
Aqui você confere uma seleção de poesias de Domingos dos Santos, do livro Peixe-Palavra.
Cachoeira do céu
Na casa de meu avô
quem sempre nos deu
a água de beber
é uma cachoeirinha
que brota de uma grota
entre pedras, raízes e caetês,
que alimenta um córrego
de guarus, cobras d’água e pitus.
Uma queda d’água tão bonitinha,
com um rumorejar tão baixinho,
parecendo que foi feita por Deus,
quando ainda era menino.
Recordação
Eu me lembro
de uma cozinha
com mesa e bancos
pra reunir a família,
pra contar histórias,
pra jogar dominó,
pra bebericar um café
feito no fogão a lenha
e as telhas,
e os caibros,
e as ripas,
e as lembranças,
cheios de picumã.

O meio natural
Chapéu de fibra de bananeira,
balaio de cipó timbopeva,
barquinho de caixeta,
covo de taquara,
esteira de taboa,
corda da entrecasca da embaúba,
canoa de timbuíba,
casa de pau-a-pique,
teto de sapé,
fogo de tacuruba,
flechas da haste do ubá,
ubá de Ubatuba.

E CONTINUAM ROUBANDO NOSSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Mapas antigos do litoral norte apreendidos em operação contra a exportação ilegal de obras de arte

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obras-artisticas
A Operação Tesouro Nacional, que tem o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), cumpriu um mandado de busca e apreensão em Ubatuba como parte de uma investigação especial. O Delegado da Policia Federal José Roberto de Macedo, disse a equipe de comunicação da FundArt, que ao todo foram recolhidas mais de duzentas obras artísticas, como livros antigos, manuscritos e fotografias.

Entre o material, o Delegado contou que também foram encontrados mapas da região do litoral norte de São Paulo, alguns do início do século XVIII. As obras, estariam sendo vendidas para o exterior, principalmente para países europeus.
Investigações
De acordo com o delegado, o suspeito do comércio ilegal, utilizava um website próprio para vender as obras, e também, outros sites de compra e venda online.
As investigações do caso foram iniciadas em 2011, após a apreensão pela Receita Federal de um livro escrito em alemão do século XIX, quando o mesmo passava pela área internacional de um aeroporto brasileiro para ser enviado à Espanha. A obra tinha selo da Biblioteca da Congregação Redentorista de Juiz de Fora.
Lei nº 4845/1965
Por lei, é proibida a saída do Brasil de obras artísticas de várias modalidades produzidas no país até o fim do período monárquico. Apenas livros desta época escritos em português se encaixam na lei. O envio para o exterior deste tipo de material só pode ocorrer com autorização do Iphan, e por períodos limitados.
Como a obra era escrita em alemão, as investigações prosseguiram somente para definir como o livro tinha sido retirado da Biblioteca.
Mandado em Ubatuba
Mais recentemente, de acordo com o Delegado José Roberto de Macedo, de São Sebastião, um outro livro antigo, escrito em português, foi interceptado pela Receita Federal quando era enviado para Portugal.
Com base nas novas evidências, a Operação Tesouro Nacional, efetuou o mandado em Ubatuba. O material recolhido está agora sendo analisado pelo Iphan para definir a origem das peças e coletar novas provas.
Investigação
Também foram recolhidos computadores e documentos. De acordo com o Delegado, a polícia espera conseguir com este material mais informações sobre o comércio das peças, inclusive, a quanto tempo o suspeito trabalhava com a venda das obras artísticas.
Até agora, segundo o delegado, não há indícios de que outras pessoas atuassem em conjunto com o suspeito.
Recomendação
Para as pessoas interessadas em fazer qualquer compra de obras artísticas antigas, o delegado recomenda que se entre em contato com o Iphan, orgão responsável pelo cadastro desse tipo de peça, para evitar qualquer tipo de atividade ilegal.
http://www.iphan.gov.br
Foto: Polícia Federal

VIOLA MINHA VIOLA

FundArt recebe inscrições para o Festival Viola João Alegre

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FestivaoViola
O Festival Viola João Alegre será uma das atrações do 8º Festival de Cultura Popular Caiçarada, que acontece este ano em Ubatuba entre os dias 30 de agosto a 1º de setembro, na Ilha dos Pescadores. Serão selecionadas 15 músicas inéditas.

Os compositores poderão inscrever mais de uma música no Festival, mas apenas uma poderá ser selecionada. O Festival também premiará os três melhores intérpretes, sendo que estes poderão se apresentar com qualquer música, inédita ou popular brasileira.
As inscrições das músicas inéditas e dos intérpretes deverão ser realizadas a partir desta segunda-feira, dia 12 de agosto, e encerram no dia 28 deste mês. Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição, a qual deve ser acompanhada da letra da música, devidamente assinada pelo seu compositor.
O regulamento para inscrições e participação no Festival de Viola “João Alegre” está disponível na sede da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba e também online no site: www.fundart.com.br.
Confira o Edital de Chamamento Público para Inscrições de Músicas e de Interpretes no Festival de Viola “João Alegre”.

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LADRÕES DO BEM.

Posted: 11 Aug 2013 08:32 AM PDT
Às vezes acontece, a casa é invadida, levam tudo e acabou, você nunca mais vê seus pertences. Não foi o caso.
Um grupo de ladrões invadiu o Serviço de Assistência às Vítimas de Violência Sexual em San Bernadino, Califórnia e levou seis computadores, um notebook e uma mala com itens de valor.
Mais tarde, a polícia ligou para Candy Stallings, diretora executiva da organização, para avisar que havia mais atividade suspeita ocorrendo nos arredores do escritório.
Quando ela chegou ao local, veio a surpresa. Todos os itens estavam em um carrinho de compras, com o seguinte bilhete:
mal-ae
“Não tínhamos a menor ideia do que estávamos roubando. Eis suas coisas de volta. Esperamos que vocês possam continuar fazendo diferença na vida das pessoas. Deus os abençoe.”
Ladrões de bom coração.
Nota do Editor: Vi lá no Trabalho Sujo, que viu no Huffington Post.

DEMOCRACIA...

Estado tem dispositivo secreto para investigar civis

  • Decreto de 2005 estabeleceu ‘Doutrina de Inteligência’. Defensores públicos contestam medida
Antônio Werneck (Email · Facebook · Twitter)
Publicado:
Atualizado:
RIO - Um dispositivo classificado com grau de sigilo reservado, contido no decreto estadual 37.272, publicado em 1º de abril de 2005 pela então governadora Rosinha Garotinho e mantido por Sérgio Cabral, possibilita que o setor de Inteligência da PM investigue civis, função constitucionalmente exclusiva da Polícia Civil. Foi com base nesse decreto, que estabeleceu a “Doutrina de Inteligência de Segurança Pública do Rio”, que a PM desencadeou em março deste ano uma operação no complexo de favelas do Caju, que prendeu moradores sem envolvimento em crimes.
O assunto também está na base de outra polêmica: o fato de PMs, em vez de encaminharem o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza para a delegacia, o terem levado para a sede da UPP na Rocinha. Ele está desaparecido desde então.
O direito de o setor de Inteligência da PM de investigar está sendo contestado pelos defensores públicos do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio. Eles afirmam que a investigação da PM no Caju tinha “graves equívocos, divulgação de imagens que não correspondiam aos nomes e apresentação de pessoas honestas e trabalhadoras como se traficantes fossem”. Os defensores também recorreram à Justiça do Rio para ter acesso ao conteúdo integral do decreto 37.272, incluindo o processo nº E-09/891/0010/2005, considerado pelo estado como sigiloso.
Para os defensores, a ação no Caju “sugere o desvirtuamento do Serviço Reservado (P-2)”, cuja função é “subsidiar o trabalho da Corregedoria da corporação militar, não cabendo, em tese, investigação de civis”.
A PM negou que tenha havido investigação no Caju, afirmando ter sido feito um trabalho de inteligência. Já o Ministério Público estadual informou ter arquivado ontem a investigação por usurpação de função contra o coronel José Luís Castro Menezes, novo comandante da PM.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/estado-tem-dispositivo-secreto-para-investigar-civis-9438379#ixzz2blt9lCeK
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domingo, 11 de agosto de 2013

ARTE É ARTE

Crítico traça guia para navegar por 150 anos de produção artística

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CASSIANO ELEK MACHADO
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RESUMO Autor de "Isso é Arte?", Will Gompertz afirma que os artistas nunca se guiaram tanto como agora pela relação com o dinheiro e diz que isso define a ausência de crítica quanto ao que se produz e exibe. Para o editor da BBC, falta ao grande público informação que permita ficar à vontade para avaliar a produção atual.
*
O cliente que pede "quero esta em azul" e que ouve o lojista responder "esta só vou ter bege", numa loja da cadeia Gap na 5ª Avenida, em Nova York, não tem como saber, mas naquela mesma esquina começou o maior terremoto da arte do século 20.
Numa segunda-feira de início de abril, em 1917, outro cliente entrou no estabelecimento que então ocupava o número 118 da avenida, a tradicional loja de ferragens J.L. Mott e, daquela barafunda de maçanetas, pias e banheiras de ferro, saiu carregando no colo um mictório de porcelana branca.
O nome do rapaz, claro, era Marcel Duchamp (1887-1968), e o tal urinol, igual aos que eram instalados em milhares de banheiros comuns, se converteria pouco depois na "obra de arte mais influente criada no século 20".
As aspas são do inglês Will Gompertz, 47, editor de artes da emissora britânica BBC e ex-diretor da Tate Gallery, em Londres. E é com este episódio emblemático, do mictório que o artista francês transformou numa "escultura" chamada "Fonte", que ele abre o seu livro "Isso É Arte?" [Zahar, tradução Maria Luiza X. de A. Borges, R$ 59,90, 464 págs.], recém-lançado no Brasil.
Pouco importa que Duchamp não tenha conseguido à época expor o urinol e que a peça "original" tenha se perdido. Até a concepção de "Fonte", era o meio (tela, madeira, papel, mármore) que ditava o modo como o artista trataria da realização de sua obra. "Duchamp queria inverter isso. Considerava o meio secundário: o primordial era a ideia", escreve.
Gompertz não nos conta nada de revolucionário com isso. Há muitas décadas críticos e historiadores de arte de todo o mundo vêm mascando nervosamente esse momento de epifania artística. Mas não haveria outro começo para o livro que ele decidiu escrever.
Ao longo de centenas de páginas, o autor se propõe a discutir a pergunta expressa no título, segundo ele bastante frequente a espectadores cada vez mais numerosos de mostras mundo afora -e a fonte da questão foi o urinol.
O visitante do museu olha a cama desfeita e amarfanhada, com lençóis manchados (obra de 1998 da britânica Tracey Emin), ou o tubarão-tigre num aquário com formol (escultura de 1991 do também inglês Damien Hirst), coça o queixo e questiona: "Isso é arte?".
O escritor peruano Mario Vargas Llosa responderia que não, como expressa com veemência em "A Civilização do Espetáculo" [Alfaguara, tradução Ivone Benedetti, R$ 34,90, 208 páginas], analisado no texto ao lado.
Mas, para Gompertz, obras como o célebre tubarão de Hirst não só são arte como constituem grandes marcos do maior movimento em voga hoje, que ele ensaia batizar de "artetenimento" ou simplesmente de "empreendedorismo". O autor inglês, que virá ao Brasil pela primeira vez em setembro, como convidado da Bienal Internacional do Livro do Rio, conversou com a Folha por telefone sobre o cenário da mercantilização da arte.
*
Folha - Em "Isso É Arte?" o sr. enfatiza os aspectos financeiros do universo artístico e toma o leilão promovido por Damien Hirst em 2008 como um marco de um "movimento" atual, o empreendedorismo. Por que tamanho destaque para essa mercantilização?
Will Gompertz - É um encontro muito interessante o da arte com o dinheiro. Quase sempre foram sinônimo, como vimos no tempo dos Médici, em Florença, e na relação de Leonardo da Vinci com as cortes italianas. A novidade do momento que vivemos é que a relação entre dinheiro e arte ficou mais explícita, até um ponto, recente, no qual o artista virou literalmente um homem de negócios. Os artistas estão cumprindo a profecia de Andy Warhol de que a arte seria feita em fábricas. Artistas como Jeff Koons estabeleceram verdadeiras indústrias para elaborar obras para um mercado em crescimento constante. Antes abasteciam Europa e EUA, agora vendem para todo o planeta.
Como a relação entre dinheiro e arte tende a afetar a qualidade da produção artística?
Ela tem um efeito ruim para a arte em geral. Não acho que, de um ponto de vista histórico, a relação do artista com seus mecenas ou com homens de negócios tenha sido negativa. O impressionismo e o expressionismo abstrato, por exemplo, provavelmente não teriam sobrevivido sem o apoio inicial de agentes e outros investidores. Mas agora as coisas mudaram: o dinheiro assumiu um protagonismo inédito. E artistas gastam milhões de libras para produzirem objetos gigantescos e lustrosos, que parecem menos interessantes do que o que realizavam quando não tinham dinheiro algum.
Sandro Castelli/Arte Folha
Por outro lado, o sr. aponta que nunca tantas pessoas frequentaram exposições de arte como agora. Esse movimento não pode funcionar como um antídoto para a "mercantilização" artística?
É por isso que decidi escrever o livro. Há um grande público que precisa das informações históricas, para que possa decidir por conta própria o que acha que é boa ou má arte. Vivemos numa época em que nos é imposta a ideia de que tudo o que está em museus ou galerias é maravilhoso. Não há mais crítica a nada. Isso tem claramente relação com a mercantilização da arte e com todos esses museus que escolhem colecionadores milionários para serem conselheiros. Uma vez que o nome de um artista é estabelecido, não interessa a ninguém que seu valor de mercado seja afetado.
Há, portanto, desonestidade e corrupção no sistema. Isso significa que nós, os espectadores de arte, nunca temos ajuda. Um filme de Woody Allen ou um livro de um escritor famoso pode ser bem ou mal avaliado. Na arte é tudo bom.
O sr. faz um grande esforço para explicar por que centenas de artistas são realmente artistas, e não charlatões, mas não para mostrar que algum grande artista é um enganador. Por quê?
Acho que os verdadeiros charlatões são alguns colecionadores. O artista faz suas obras, e esse é o papel que cabe a ele. Se o colecionador ganancioso decide comprá-las só porque o nome do artista é conhecido, ele é que é o enganador.
Não existem obras de arte ruins que mereçam ser apontadas como tal?
O que eu tento fazer no livro é guiar as pessoas para o que é bom, o que não significa afirmar, e é o que eu acho, que 99% da arte produzida hoje é ruim, da mesma forma que a maior parte dos livros, filmes ou peças recentes não são muito bons. Não creio que faça sentido escrever um livro sobre a arte que não é boa. Seria estimular as pessoas a verem o que é ruim. Quero ajudar as pessoas a fugirem do que é um lixo apontando obras que merecem seu tempo.
No ensaio "O Pintor da Vida Moderna", de 1863, Charles Baudelaire dizia que "poucos homens são dotados da capacidade de ver". Após 150 anos, nós enxergamos melhor?
Acho que não. Talvez ainda pior do que há 150 anos. Tornamo-nos obcecados por nós mesmos. É a geração "eu". Você vê pessoas andando nos parques olhando para seus celulares, sem nem conseguirem manter uma conversa com o vizinho. Hoje há muito pouca gente apta a enxergar a vida além de suas experiências mais pessoais. A objetividade parece ser uma ação em queda no mercado.
A aproximação de multidões de pessoas à cultura da fotografia, com a difusão do digital e de aplicativos como o Instagram, não pode ajudar a educar o olhar?
Acho que isso só faz as pessoas se interessarem cada vez mais por elas mesmas e pararem de prestar atenção no universo do outro.
O sr. faz um trabalho de grande síntese, ao aglutinar 150 anos de arte. O sr. acredita que tenha conseguido acrescentar elementos novos à narrativa dessa história?
Acho que a razão de existir do livro é olhar a arte moderna a partir do século 21. Muitos o fizeram no século 20, mas faltava uma visão nova. O realmente novo, entretanto, seria um olhar para o que aconteceu nesse período fora da Europa e dos EUA. O que acontecia na China, na África, na América da Sul, nas áreas ignoradas pelo
"establishment"? Esse talvez seja o tema de meu próximo livro.
Divulgação
Mapa dos movimentos da arte moderna feito por Will Gompertz para o livro "Isso É Arte?"
Mapa dos movimentos da arte moderna feito por Will Gompertz para o livro "Isso É Arte?"
Em sua história da arte, o sr. faz referências ao universo pop, como "Onde Está Wally?", Beyoncé, "Os Simpsons" e Susan Boyle. O sr. usou esses elementos a fim de atrair um público novo?
Sim, eu considero essas referências muito importantes para meu trabalho. O que quero afirmar ao citá-los é que a arte não existe só dentro da bolha dos artistas. Ela reflete a vida cotidiana. Deveríamos nos sentir tão confortáveis com a arte quanto nos sentimos com "Os Simpsons".
O sr. cita o Brasil em três ocasiões no seu livro, ao se referir ao Carnaval do Rio, a Brasília e ao artista contemporâneo Cildo Meireles. O sr. já esteve no país?
Não, e estou ansioso para chegar aí para a Bienal do Livro do Rio. Cito Meireles porque, na minha opinião, é um dos melhores artistas do mundo. É um gênio. Também sou um grande fã de Helio Oiticica e de Caetano Veloso, um de meus cantores preferidos.
O sr. tomou a decisão de não citar as fontes bibliográficas de sua pesquisa. Houve alguma obra central para a sua pesquisa?
Não. Usei muitos catálogos de mostras individuais de artistas. Também consultei instituições de pesquisa, visitei acervos e falei com curadores e críticos. Foram fontes mais importantes do que livros gerais de história da arte.
O sr. não menciona no livro diversos artistas contemporâneos destacados, como Anselm Kiefer, Gerhrad Richter, Anish Kapoor, Bill Viola. O sr. não acha que eles sejam de grande importância? Ou foi por uma questão de espaço?
A estrutura do livro foi construída em torno das escolas de arte moderna, não dos artistas. Trato essencialmente dos artistas que estabeleceram esses movimentos. No universo do expressionismo, por exemplo, eu começo em Van Gogh, em 1880. Mas o expressionismo continua até hoje, com grandes artistas como Kiefer. Eu poderia ter feito um livro inteiro só sobre o expressionismo, ou sobre Picasso, mas, por conta do formato que escolhi, tive de deixar alguns autores icônicos de lado.
É impressão ou o sr. gosta mais de Cézanne do que de Picasso?
Essa é difícil. Os dois foram colossos. Foram mestres e gênios e não consigo pensar numa obra da qual eu goste mais do que a pintura "O Retrato de Gertrude Stein" (1906), de Picasso. Mas Cézanne foi mais consistente e inovador. Picasso não poderia ter acontecido sem Cézanne.